Carlos Calina, treinador de 53 anos, conduziu o Marialvas ao título de campeão da Divisão de Elite AFC e aos campeonatos nacionais, 25 anos depois, faz o balanço de uma temporada que ainda não terminou (falta disputar a Supertaça) e da vontade que tem em continuar a liderar a equipa de Cantanhede na próxima época em entrevista publicada hoje, na íntegra, na edição impressa do nosso Jornal.
Ficam duas das perguntas e respostas que pode ler:
Diário de Coimbra A conquista do título da Divisão de Elite e a consequente subida aos campeonatos nacionais era um objetivo que o Marialvas tinha para esta temporada?
Carlos Calina Muito honestamente não era uma obsessão e um objetivo imediato, mas depois daquilo que nós fomos construindo e do plantel que criámos – ao início havia muitas dúvidas -, a verdade é que conseguimos fazer um plantel curto, mas bom e depois fomos reajustando. Depois com a pré-época fiquei com a ideia muito vincada de que éramos capazes, porque também tinha algum conhecimento deste campeonato.
Qual foi o segredo do sucesso?
O maior segredo foi a união do grupo e o silêncio que nós conseguimos transportar para o exterior. Nunca nos manifestámos, nunca dissemos que éramos candidatos a alguma coisa. Às vezes, de jogo para jogo, as coisas não nos correram bem, por uma razão ou por outra, e nunca fomos para a praça pública manifestarmo-nos. Fomos sofrendo com as dores, fomos resolvendo de uma forma geral e acreditámos sempre de que éramos capazes. Houve dois momentos no início da época que foram muito importantes e que nos deram muito bons indicadores, que foram a pré-época e a primeira eliminatória da Taça de Portugal, nos Açores, contra o Lusitânia, que foi um género de mini-estágio, até parecia que tínhamos um grupo que já estava há muito tempo junto. Foram dois dias nos Açores brutais e que culminaram com um jogo bem conseguido e que hoje nos diz que realmente jogámos contra uma excelente equipa e que é candidata à Liga 3.