Saul “Cabeças” traz de Rio Tinto um autêntico restaurante ambulante, que monta na Pedrulha com o único objetivo de apoiar os peregrinos que se deslocam para Fátima. Proprietário de uma cadeia de restaurantes no norte - o Cabeças - começou há 12 anos, na altura oferecendo sandes de porco no espeto aos peregrinos da terra. Só que com os da terra vinham mais e mais peregrinos. E se inicialmente preparava 200 sandes, depressa percebeu que «precisava de 1.000». Ontem serviu 3.500 refeições gratuitas aos peregrinos.
«Das seis da manhã às nove da noite, pequeno-almoço, almoço, lanche ou jantar, é no Cabeças na Pedrulha», diz, assumindo que esta é uma ação que decorre sempre a 9 de maio e «já faz parte do ADN da empresa». «Enquanto eu mandar e puder, no dia 9 de maio estarei cá», garante o emrpesário nortenho.
No “Cabeças” da Pedrulha dão-se sandes de leitão ou porco assado, rissóis e outros salgados, enchidos, batatas fritas ou caldo verde. Bebidas também são oferta e tudo que se exige em troca é «pagamento com fé», conforme se lê no cartaz que dá as boas vindas aos peregrinos.
Também se oferece alegria, num espaço onde a música toma conta do ambiente e faz substituir as dores musculares por passos de dança.
«As pessoas entram aqui a mancar e saem daqui a dançar», diz Saúl “Cabeças”, que não esconde que o dia o «emociona» e se tem tornado até «mais especial que o dia de Natal».