Pedro Machado, treinador que assegurou a permanência no Oliveira do Hospital na Liga 3 partilha o que foi esse percurso na turma oliveirense. “Preocupação constante” da cidade e das pessoas do clube foi fundamental para o objetivo. Grupo de trabalho com “excelentes seres humanos” foi a “receita” para a meta atingida. O início do SJ Ver, o “milagre” no Anadia e... Coimbra. Tudo e um pouco mais do timoneiro na entrevista da semana da secção de Desporto do Diário de Coimbra que amanhã (dia 9) poderá ler na edição impressa do Jornal.
Ficam as primeiras perguntas e respostas do treinador e, claro, o vídeo:
Diário de Coimbra Já conseguiu digerir todas as emoções de mais uma manutenção conseguida na última jornada?
Pedro Machado Sim. Costumo dizer que a festa é dos jogadores. Posso confessar que às 22h30 saí do jantar, a meio do jantar, para ir para casa descansar, que era algo que precisava. Tinha muita vontade de falar com os meus filhos e de estar com eles porque foram muitos meses de ausência. Deixei a festa para os grandes obreiros de tudo que foram os jogadores e, claro, os meus elementos da equipa técnica também acompanharam o grupo. Digeri de forma fácil e tranquila e queria era descansar.
O que é que disse aos jogadores antes do decisivo jogo com o Pêro Pinheiro? Ao intervalo, já venciam e os resultados estavam a ser positivos noutros campos... o que transmitiu ao grupo?
Primeiro, neste momento, com os smartphones e redes sociais é impossível esconder o que se passa nos outros campos. Aliás, nós, no intervalo, a entrar no túnel, e as pessoas a dizerem como estavam os outros jogos. A única preocupação que tive durante a semana foi manter o foco na única coisa que conseguíamos controlar que era o nosso jogo. Não nos adiantava nada estar a pensar no jogo do Sporting B com o Amora e do 1.º Dezembro com o Caldas se não fizéssemos a nossa parte. Disse aos jogadores que o pior sentimento que podíamos ter era correr bem do outro lado e não agarrarmos a oportunidade que tínhamos ali. Também lhes disse que nós, vencendo, nos íamos manter. Estamos a falar do Sporting Clube de Portugal que é uma instituição muito séria e o outro que estava em causa era o Caldas. Um pouco à imagem do Oliveira do Hospital, as pessoas de Caldas são conhecidas pela humildade, seriedade e honestidade. Estávamos tranquilos nesse aspeto. O que nos preocupava era o nosso jogo. No início da semana tínhamos jogadores com dificuldades em dormir e a tomarem medicação para tal. Jogadores que não se alimentavam bem. Os níveis de ansiedade estavam alterados. A única preocupação que um líder tem é retirar a pressão dos atletas e fazer ver que fizeram muita coisa positiva e que, naquilo que dependesse deles, ninguém podia apontar nada.