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Acidente industrial testa operacionalidade de meios


Terça, 30 de Abril de 2024

O alerta soou na carpintaria, uma das zonas mais antigas do complexo fabril do Grupo Aquinos na zona Industrial de Sinde, Tábua. Pouco passa das 17h30 e o responsável pela segurança da unidade acaba de dar sinal de um incêndio no quadro elétrico do sistema de despoeiramento. Rapidamente, o edifício foi evacuado, com os 24 trabalhadores que cumpriam o turno da tarde a serem encaminhados para o “ponto de encontro”. Todavia, faltavam 10. «Estão dentro das instalações», explica Bruno Espinhal, responsável pela segurança da empresa Aquinos. 10 colaboradores que estão dentro de um espaço de 50 m2, com várias máquinas, madeira e… um incêndio a lavrar.
No local já se encontram os operacionais dos Bombeiros de Tábua, Vila Nova de Oliveirinha e Coja, com os veículos de combate a incêndios a bombear água para o interior. Estela Pais, diretora dos Recursos Humanos da empresa, acompanha as operações passo a passo e lembra a importância do registo/controlo das pessoas que estão a trabalhar.
Dados que permitem, no imediato, sublinha, perceber que estão 10 pessoas em perigo no interior da carpintaria, que é necessário resgatar. Surge o primeiro sinistrado. Um jovem que já vem numa maca e é encaminhado para a ambulância. Segue-se imediatamente outro. Um homem que vem a coxear, amparado por dois bombeiros.
Os bombeiros reforçam os meios e Vítor Duarte, também responsável pela segurança da empresa, começa a manifestar alguma ansiedade. «Era expectável que já tivessem conseguido tirar todas as pessoas», afirma, preocupado com o desenrolar das operações e com a estratégia adotada para o combate. Efetivamente, tem razões para estar preocupado. À porta da carpintaria encontram-se a enfermeira Vanda e a técnica de seguranças Diana, que vão “controlando” a retirada dos feridos. O diagnóstico é o mais diverso: «temos pessoas em paragem cardiorespiratória, inconscientes, queimados…e um morto».
Felizmente não passou de um simulacro, que testou, ontem ao final da tarde, o Plano de Emergência Interno do Grupo Aquinos nas fábricas de Sinde, que representam um universo de 1.900 trabalhadores. «Temos que perceber o que corre mal», afirma Vítor Duarte.
A acompanhar os diferentes cenários, onde não faltou um incêndio florestal, estiveram o comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil, Carlos Luís Tavares e o segundo comandante, Nuno Seixas, que hoje perspetivam fazer o balanço deste simulacro “AquinosRescue24”.

CCDR Funtos Europeus



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