«O município de Cantanhede não podia ficar indiferente ao caráter emblemático do cinquentenário e todo o imenso valor referencial do 25 de Abril. E por tratar-se de uma efeméride que adquire este ano uma dimensão simbólica que deve perpetuar-se no tempo, de modo a que as gerações vindouras percebam o significado que hoje lhe atribuímos, foi lançado um desafio a um escultor de grande prestígio nacional e internacional para que concebesse um monumento alusivo ao 25 de Abril com a tal dimensão simbólica», sublinhou Helena Teodósio.
Assim, adiantou a presidente da Câmara de Cantanhede, os 50 anos do 25 de Abril vão ficar perpetuados em Cantanhede com a colocação de uma escultura, da autoria de Alves André, alusiva à efeméride. A obra foi hoje apresentada, no decorrer da sessão solene, e congrega, com aspetos identitários do território, todo o valor sentimental que a Revolução dos Cravos traduz.
O momento foi aproveitado pelo município para homenagear os concidadãos que integraram a Comissão Administrativa criada logo após o 25 de Abril e presidida por Emílio Lopes de Matos, ou que fizeram parte dos executivos municipais enquanto vereadores, tanto mais que «também tiveram uma participação ativa e decisiva nos processos de decisão em todos os domínios da atividade camarária, muitos deles com intervenção direta na execução dos projetos e ações dessa atividade», mencionou a autarca.
João Moura, presidente da Assembleia Municipal, afirmou que «o 25 de Abril é um processo inacabado» e um «sonho que não está totalmente realizado». Por ser uma data marcante, foram convidadas todas as forças políticas a intervir na sessão, mesmo as que não têm assento na Assembleia Municipal. Todos usaram da palavra - à exceção do PCP que alegou motivos de agenda - o CDS/PP por Paula Helena Silva, o Chega (Ulisses Salvador), o PS (Áurea Andrade) e o PSD (Carlos Fernandes).