O Muro da Democracia, iniciativa da Associação de Estudantes da Escola Secundária José Falcão, é uma obra que se vai erguendo e esta manhã, ao ser inaugurado, deu mais um passo na sua construção, esperando-se que nos próximos dias, e de acordo com a vontade dos alunos, fique concluído e preste o seu tributo ao que significou a revolução dos cravos.
Personalidades da cidade, convidadas pelos próprios alunos a participar numa mesa-redonda sobre os 50 anos do 25 de Abril, deram o seu contributo para fazer crescer o Muro da Democracia que pretende, sobretudo, «evocar Abril, a liberdade criativa, a liberdade de nos exprimirmos», explicou Lourenço Freitas, presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária José Falcão. Mas também pretende, frisou o jovem estudante, evocar a “Primavera de Pequim”, um movimento em que, num curto período de tempo, «a China vislumbrou por momentos a democracia e a liberdade». «É celebrar a liberdade de expressão e a liberdade criativa», exprimiu o jovem.
As primeiras pinceladas foram dadas na segunda-feira, exibindo já algumas da ideias dos jovens estudantes sobre a democracia e as conquistas de Abril. “Liberdade MFA”, “Voz”, “Paz”, Revolução sem sangue”, “Imaginação ao poder”, “Democracia” ou “25 de Abril sempre” são algumas das expressões que já decoram o Muro da Democracia, instalado junto à Biblioteca da Escola. Juntaram-se frases dos convidados, como a da professora universitária Clara Almeida Santos que, citando Sérgio Godinho, escreveu “Paz, pão, educação, saúde e habitação”, ou a do diretor da Bienal de Arte Contemporânea, Carlos Antunes, que, no muro, destacou a ideia da “EducAÇÃO”. “Criar é mudar o mundo”, escreveu, por seu lado, Lourenço Freitas que, representando a comunidade de alunos, fez a sessão prosseguir para uma mesa sobre o 25 de Abril, que lotou o auditório da escola de alunos do 12.º ano interessados em ouvir os depoimentos dos convidados.
